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Textos: Ana Claudia Piacente. Tecnologia do Blogger.

quinta-feira, 22 de maio de 2014

As Vantagens de Ser Invisível

Sinopse: Charlie (Logan Lerman) é um jovem que tem dificuldades para interagir em sua nova escola. Com os nervos à flor da pele, ele se sente deslocado no ambiente. Seu professor de literatura, no entanto, acredita nele e o vê como um gênio. Mas Charlie continua a pensar pouco de si... até o dia em que dois amigos, Patrick (Ezra Miller) e Sam (Emma Watson), passam a andar com ele. 

Autor do livro: Stephen Chbosky

Um livro diferente de tudo que já li. Como narrador-personagem, o livro te faz sentir tudo o que o Charlie sente. E Charlie é um garoto muito problemático e confuso. E isso faz com que a narrativa seja igual e muitas vezes você se perde na história porque é exatamente assim que o personagem está se sentindo: perdido.

Charlie escreve cartas para uma pessoa (que não sabemos quem é), contando o cotidiano da vida dele. Ele conta as coisas bem detalhadas, muitas vezes, com tantos detalhes que você se perde no que é importante ou banal. Ele é um menino ingênuo. Ingênuo a ponto de não entender certas piadas dos amigos e da família, expressões usadas pelas pessoas, etc. Porém, a ingenuidade dele é a chave para todo o livro. Ele está sempre ali, quietinho, observando tudo, e na maioria das vezes não entendendo nada. Charlie tende a assistir a vida, ao invés de participar dela. E por sempre observar tudo, ele vê coisas que não deveria e fica sabendo de muitos segredos. Por essa habilidade de guardar segredos tão bem, ele é comparado com uma pessoa invisível, que vê tudo e todos, mas não fala e opina nada. Daí o título do livro. O mais importante a dizer sobre o Charlie é que ele tem um coração enorme. Ele ama as pessoas de uma maneira única. O amor dele é totalmente altruísta. Ele sempre faz tudo para agradar quem ele gosta, mesmo que isso não seja o que ele quer. Ele se sente bem e feliz por ver os outros felizes. E isso é o que faz o Charlie ser tão incrível. Infelizmente, por problemas no passado que só com o tempo nós vamos descobrindo, ele tem muita dificuldade de se relacionar com as pessoas. É um garoto que fala pouco, observa muito, interage pouco, chora muito, detesta ficar sozinho e adora dar presentes. Falando em presentes, ele tem o dom de acertar em cheio nos presentes que distribui e isso é muito fofo nele. 

Porém, como eu expliquei, ele tem muitos problemas para se relacionar e como é ele quem conta a história, você provavelmente vai ficar um pouco confuso. Algumas vezes ele tem crises e começa a passar mal, e aí a narrativa fica rápida e bem louca. Mas acho que esse é o objetivo do livro e ele conseguiu passar isso muito bem.

O autor consegue te mostrar a dificuldade que um adolescente com problemas como o Charlie, pode passar no ensino médio. E como isso é importante no desenvolvimento dele.

O livro tem uma história muito bonita e emocionante. Mas não posso dizer que é um livro tão envolvente. Acho que é apenas tocante.


Já o filme, posso dizer prós e contras. Os prós foram as escolhas dos atores. A representação do Charlie (Logan Lerman), da Sam (Emma Watson) e do Patrick (Ezra Miller) são simplesmente perfeitas. Encaixam como uma luva em cada personagem. Porém quando se trata da história, acho que o filme cortou cenas muito importantes, que tiveram grande relevância na vida do Charlie. Principalmente na participação da irmã dele, que no livro, é peça fundamental da história, porém no filme, é praticamente nula. O professor também. A participação do professor no livro é muito importante, pois é esta amizade e as tarefas que ele dá que ajuda o Charlie durante o ano letivo. E isso no filme, ficou um pouco vago. Mas a história consegue ser bem contada, mesmo pra quem não leu o livro. E isso é um ponto positivo.

Sendo assim, minhas avaliações são:
Livro: 8
Filme: 7



É um livro que recomendo a todos que amam ler. Se você for alguém meio “impaciente” para leitura, nem comece. É um livro que precisa ser sentido e não apenas lido. ;)

E eu termino aqui dizendo que minha única vontade no livro inteiro, foi encontrar o Charlie, dar um abraço gigante nele e dizer o quanto ele é especial. Vou sentir falta dele. =/

Então, encerro com o trecho que eu mais gostei do livro:

"Então acho que somos quem somos por várias razões. E talvez nunca conheçamos a maior parte delas. Mas mesmo que não tenhamos o poder de escolher quem vamos ser, ainda podemos escolher aonde iremos a partir daqui."


Beijos!

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